terça-feira, 30 de março de 2010

Suspiros do Tempo

Sobe e desce num limiar de brumas,
Sai do céu e não se deixa cair,
Sem levar um barco de chamas.

Cada gota, cada pingo.
A inocência das palavras feridas
É o grito de esperança.

Foge e reconforta-se no silêncio.
Uma noite de luar acende o asfalto
De um brinquedo perdido no tempo.

Uma memória quebrada no tempo,
Um sorriso apagado pela sociedade,
Um sopro de ar quente no vazio.

Encerram-se as portas do templo,
Deixa-se a multidão passar,
Mas o tempo fica lá, perdido,
No meio da escuridão.

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