segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Laços

O sopro da melodia,
é uma porta fechada.

O clarão das flechas
tocou a pele húmida

respirou num vapor,
Quente e sufocante.


Ternura e arrepiante,
tecidos humanos se tocaram.
destinos fragilizados.


Com o voar fumegante,
um raio de escuridão
rasgou a vida.

.
Um sonho,
é tudo o que peço.
.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tempestades de sonhos,
Liberdades resgatadas
da perpétua vontade
se ergueram ao céu.

Com os ventos,
Com as marés,
os sonhos foram voando
as mágoas ficaram.

A perpétua vontade,
essa, ficou no nenúfar,
na escuridão,
na imensidão da noite.

Onde os sonhos
são meras palavras.
.

sábado, 19 de março de 2011

Esfera ardente

Ardente palpitar de fogo.
Luz de corações derretidos.
Brilho de um sorriso
frenético. Fúria do tempo.

Circulo de pânico, casa de sonhos!
Calor que chega a cegar
quem os teus olhos quer admirar.

És loucamente, curiosamente, necessariamente
preciso, para amar, para soltar
as correntes de gelo
que cessam os corações humanos.

Num palpitar surges,
afastando as intensa neblina matinal.
Fecunda de luz, a vida que em ti existe
e desapareces pelo crepúsculo das palavras.



Invisível

Passageiro andante
de um comboio de linhas curvas
que teus olhos pedem
sentimentos incessantes.

Queres sentir o vento na face,
queres gritar para a lua te ouvir,
queres refugiar-te deste inferno,
deste abismo, deste marasmo.

Corres para bem longe,
sem olhares para trás.
Sentes-te no céu
como uma gaivota ardente.

Sim, tu voas bem alto!
É só tu quereres.


















sexta-feira, 9 de abril de 2010

Contrastes

Há quem diga que o tempo é curto, outros, que é eterno.
O meu pensamento fica confuso nestas multiplicidades de opiniões

Perco-me do mundo, olho para um lado e para o outro.
Tento captar olhares, vozes, mas vejo seres indiferentes,
vejo robots.
Um mundo onde a tecnologia governa os seres humanos
deixam de sentir o coração, deixam de amar, sofrer, partilhar, sorrir.
Vejo seres humanos que não se debruçam sobre a sociedade.
Que tomam a sua vida simplesmente para se governarem,
sem que para isso tenham de pisar e destruir outros seres.

Somos egoistas, sim somos. Vemos todos os dias nos ecrãs das
televisões as tragédias, pessoas a morrer à fome, pessoas tristes,
e que o que anseiam e precisam é de um simples prato de comida,
uma cama quente e confortável, um abraço, um beijo, um gesto amigo.
E nós que fazemos?
Por vezes passamos ao lado ou apenas dizemos, coitados.
Mas são dois segundos para nós, e para eles, é uma vida inteira.
Porque perdemos qualidades em prol da evolução?
Porque estamos a perder os nossos sentimentos pelos outros?


Para mostrar o nosso explendor como seres humanos,
não há nada que nos faça sentir mais felizes no nosso coração
do que o sorriso do próximo derivado ao nosso simples
gesto de dar uma mão amiga.



É urgente ajudar, é urgente sentir.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Irreversível

Uma pedra do céu caiu,
Aterrou no meu coração,
E, com a sua força e o seu peso,
deixou-me neste chão de terra batida.

Guardo agora as lembranças da amargura
Neste silencio inóspito de solidão.

O abandono, tornou-me,
Num ser onde o vazio mora,
Onde o mar se cruza
E as ondas emanam uma espuma branca.


É a tristeza que toma conta do meu pensamento,
Um todo ou nada de amargura e despreso.

Encerrei as portas,
Por onde passa o sangue
Que bombeia o meu coração,


Já não quero que ele bata,
Já não quero respirar.

O Palácio ruiu,
Fiquei sozinho nestes escombros.


Mas, constriurei outro,
Mais forte, enraizado,
Para que nada nem ninguém
O desmorone.

Quero renovar-me.

terça-feira, 30 de março de 2010

Suspiros do Tempo

Sobe e desce num limiar de brumas,
Sai do céu e não se deixa cair,
Sem levar um barco de chamas.

Cada gota, cada pingo.
A inocência das palavras feridas
É o grito de esperança.

Foge e reconforta-se no silêncio.
Uma noite de luar acende o asfalto
De um brinquedo perdido no tempo.

Uma memória quebrada no tempo,
Um sorriso apagado pela sociedade,
Um sopro de ar quente no vazio.

Encerram-se as portas do templo,
Deixa-se a multidão passar,
Mas o tempo fica lá, perdido,
No meio da escuridão.