sábado, 19 de março de 2011

Esfera ardente

Ardente palpitar de fogo.
Luz de corações derretidos.
Brilho de um sorriso
frenético. Fúria do tempo.

Circulo de pânico, casa de sonhos!
Calor que chega a cegar
quem os teus olhos quer admirar.

És loucamente, curiosamente, necessariamente
preciso, para amar, para soltar
as correntes de gelo
que cessam os corações humanos.

Num palpitar surges,
afastando as intensa neblina matinal.
Fecunda de luz, a vida que em ti existe
e desapareces pelo crepúsculo das palavras.



Invisível

Passageiro andante
de um comboio de linhas curvas
que teus olhos pedem
sentimentos incessantes.

Queres sentir o vento na face,
queres gritar para a lua te ouvir,
queres refugiar-te deste inferno,
deste abismo, deste marasmo.

Corres para bem longe,
sem olhares para trás.
Sentes-te no céu
como uma gaivota ardente.

Sim, tu voas bem alto!
É só tu quereres.