quarta-feira, 31 de março de 2010

Irreversível

Uma pedra do céu caiu,
Aterrou no meu coração,
E, com a sua força e o seu peso,
deixou-me neste chão de terra batida.

Guardo agora as lembranças da amargura
Neste silencio inóspito de solidão.

O abandono, tornou-me,
Num ser onde o vazio mora,
Onde o mar se cruza
E as ondas emanam uma espuma branca.


É a tristeza que toma conta do meu pensamento,
Um todo ou nada de amargura e despreso.

Encerrei as portas,
Por onde passa o sangue
Que bombeia o meu coração,


Já não quero que ele bata,
Já não quero respirar.

O Palácio ruiu,
Fiquei sozinho nestes escombros.


Mas, constriurei outro,
Mais forte, enraizado,
Para que nada nem ninguém
O desmorone.

Quero renovar-me.

4 comentários:

  1. E é querendo renovar-se que o homem evolui, pois está receptivo à mudança, ao novo, à nova página em branco por colorir! Adorei, mais uma vez!
    Tudo de bom,

    Samuel Pimenta.

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  2. Muito Obrigado :) Apesar de não gostar de poesia e sempre que vejo a estrutura estética de um poema raramente o ler, admito que desta vez rendi-me ao teu. Parabéns*

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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